Transcrevo aqui uns versos de minha avó Luzinha, que aos 94 anos se descobriu poeta. Ela escreve reto e simples, desta altura da vida.
Hoje o sol está lindo
os pássaros alegres a cantar
o dia parece longo e infindo
Espero ansiosa vê-lo passar
Estou com idade avançada
E o passado bem distante
Através da janela do 2o. andar
Vejo o vai e vêm dos carros
em disparada
Ao lado da praça ajardinada
Através da janela do quarto
vejo os ramos a balançar
Não sei que dia eu parto
Estou sempre a divagar.
Luzia Dantas, 12 de abril de 2006.
7 comentários:
Ô, Dai!!! Que gracinha esse poema da sua vó!!! Me deu saudade das minhas, que infelizmente já se foram. Espero que estejam em um bom lugar. Seus blogs, como sempre, comoventes!
Beijão.
muito lindo mesmo.
parabéns pela avó.
Lindo, simples, meigo.
Voce tem a quem puxar!
Beijos pras 2!
Que graça, Dai. Querido demais. É uma felicidade ter uma avó assim, né? A minha não é poeta, mas é bonita também.
Meu blog: você falou tudo, vínculos incomodos... Não quero largar o blog, mas acho que a saída vai ser passar os comentários pra email, por uns tempos ao menos. Corta essa coisa espontanea que acontece nos comentários, mas, infelizmente, nem todo mundo nesse mundo é bem educado. Beijos querida e bom final de semana.
Ah, Dai, estou tão comovida, com as palavras dela...
Eu também acho comovente, por mais simples que seja. Escrever realmente deve ajudar bastante a manter a lucidez... pelo menos par algumas pessoas.
Um beijo pra sua avó e pra você.
p.s. eu tenho uma avó de 90, mas a habilidade dela é com linhas e agulha de crochê.
Faster than speed of life!
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