Eu me derramo
O que a vida exige
eu clamo.
Quem há de poder mais?
Acumulo fios de horas
Minha mente esculpe palavras
Natimortas
Na frágil tentativa
De significância
O que deito no papel
Ali jaz
sem intenção oculta
convicto de desvalor
Uma camisa de força
estende suas ataduras em torno
Dos meus braços:
Escrevo datas, horas
Enfeito argumentos de autoridade
com as tiras das aspas
Desfio
Prefácios e prelúdios
De coisa alguma...
Enquanto...
Meu coração
Se apassarinhando
Sonha em ser madrugada
E sair cantarolando
6 comentários:
Meu coração que a rotina sufoca também sonha em sair cantarolando. Ele às vezes canta sem motivo, como hoje. Bobo. Beijos.
Ah, a regra de ouro número 1 é: se não tem nada gentil pra dizer, fique calado. Tava no blog antigo. Bobices. :)
Fino e delicado, como voce.
Tomara que o sonho do seu "coração-passarinho" não demore a se tornar realidade... Vou ficar torcendo.
Beijo.
o louco quando ri se precebe são....os passaros se vão e a natureza nos nega o voo!....aonde ir, o que cantar se a voz se naga a dizer-se?
lindos, gravura e poema. bj laura
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